(ao poeta Isaac Ramos
com a minha devoção!)
Era um índio com olhos mui negros
Cujos cabelos são como a tinta do carvão.
Não era índio da selva... nem das tabas
Nem da Epístola de Caminha.
Era índio Mestre! Índio em terra alheia
Muito mais dono que o criador.
Índio sábio! Audaz como pássaro preto
Que chega subitamente e domina
Os traiçoeiros!
Índio que me ensinou a ler versos
Sem ter nada escrito.
Não... não precisa expor as vergonhas saradas
Para revelar os mistérios de um poema!
Basta a nudez de teu olhar espiral...
Um sinal no sorriso.
É preciso amar símbolos e gostar de ser índio.
Índio sem barulho, sem ventos e sem matas...
Mas índio, Isaac, deve ter sangue na pena
Nas palavras selvando as plumas do poema.
Cujos cabelos são como a tinta do carvão.
Não era índio da selva... nem das tabas
Nem da Epístola de Caminha.
Era índio Mestre! Índio em terra alheia
Muito mais dono que o criador.
Índio sábio! Audaz como pássaro preto
Que chega subitamente e domina
Os traiçoeiros!
Índio que me ensinou a ler versos
Sem ter nada escrito.
Não... não precisa expor as vergonhas saradas
Para revelar os mistérios de um poema!
Basta a nudez de teu olhar espiral...
Um sinal no sorriso.
É preciso amar símbolos e gostar de ser índio.
Índio sem barulho, sem ventos e sem matas...
Mas índio, Isaac, deve ter sangue na pena
Nas palavras selvando as plumas do poema.
ROSIDELMA FRAGA.
NOTA: este poema "um mestre indígena" foi escrito
em setembro de 2001 em homenagem ao meu professor
de literatura, quando eu terminava a graduação
em letras na UNEMAT.
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