Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

CASTELO



Tua imagem resplandece
Em meu olhar de êxtases.
Bebo cada gota do desejo
de beijar-te a pele trêmula,
invadir o avesso de teu ser
e nele enlaçar o amor do amor.

Ensejo a sublime plenitude
de tornar-me o teu canto,
e na cama de amar
fazer-te o meu manto.

Anjo negro, és a música sacra
de cada fantasia harmoniosa em mim.
És a algema que me prende em toda parte...
“Amar é querer estar preso por vontade”.

Venha me prender a ti na aurora,
no pôr-do-sol dos amanhãs.
Depois enxugue teu corpo
no castelo de nossas almas.
Faça de mim tua sede e tua fome
E sirva-me sorvendo a volúpia
Que se derrama no leito de amor.