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A vida passa muito rápida
Eu tenho pouco tempo
Temo que o mundo acabe em um minuto.
Registro o meu olhar nas passagens
Não preparo rimas e nem ritmos: escrevo.
Não me preocupo em rimar sono com abandono.
Sinto que uma criança dorme na rua
Um bêbado quebra a garrafa no asfalto
O guarda passa e expulsa-o da praça.
Ninguém não faz nada.
A vida passa muito rápida
As pessoas vivem na pura agitação
Eu tenho tido pouco tempo ultimamente.
Um velho anda sozinho na esquina
Um menino vende balas no farol
Uma mulher declama Drummond no viaduto
Um homem abandonado salta na Marginal Tietê
Uma prostituta de 15 anos pede carteira assinada
O mundo inteiro está apático e não sente nada.
A vida passa muito rápida
Eu tenho menos tempo agora.
Um mendigo sobe e desce Copacabana
E pede esmola e o povo resmunga
Um menino foge da escola e cheira cola
Uma mulher joga a criança no rio
E vira sessão de audiência e amnésia na TV.
Eu quase não tenho mais um minuto de tempo
Ninguém não tem tempo: não faz nada
Ninguém reage? Eu sozinha. A palavra
adormece no papel amassado no lixo
E a imagem da poesia permanece aqui comigo
Bem dentro de meu olhar com marcas de passagem.
Eu tenho pouco tempo
Temo que o mundo acabe em um minuto.
Registro o meu olhar nas passagens
Não preparo rimas e nem ritmos: escrevo.
Não me preocupo em rimar sono com abandono.
Sinto que uma criança dorme na rua
Um bêbado quebra a garrafa no asfalto
O guarda passa e expulsa-o da praça.
Ninguém não faz nada.
A vida passa muito rápida
As pessoas vivem na pura agitação
Eu tenho tido pouco tempo ultimamente.
Um velho anda sozinho na esquina
Um menino vende balas no farol
Uma mulher declama Drummond no viaduto
Um homem abandonado salta na Marginal Tietê
Uma prostituta de 15 anos pede carteira assinada
O mundo inteiro está apático e não sente nada.
A vida passa muito rápida
Eu tenho menos tempo agora.
Um mendigo sobe e desce Copacabana
E pede esmola e o povo resmunga
Um menino foge da escola e cheira cola
Uma mulher joga a criança no rio
E vira sessão de audiência e amnésia na TV.
Eu quase não tenho mais um minuto de tempo
Ninguém não tem tempo: não faz nada
Ninguém reage? Eu sozinha. A palavra
adormece no papel amassado no lixo
E a imagem da poesia permanece aqui comigo
Bem dentro de meu olhar com marcas de passagem.
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