Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MUSA PASÁRGADA



Vim outrora pra Pasárgada
E aqui sou amante de índio...
Tenho o verde que anseio,
o flanco denso do rio branco
Que na orla despe meu pranto.

Ao canapé das papoulas
palpitam minhas duas metades:
A metade da alma pantaneira
E o lavrado das cinzas do norte.

Fênix nua, sem pudor, sem Persa,
sem Rei e de grinalda majestosa,
vem cantar e sambar à beira-mar...
E de amar-te tanto, amada Roraima
Travisto-me na cama de Anactória
E tu te tornas minha Musa enamorada.