(Um poema para João
Cabral de Melo Neto)
Saio de meu verso
como quem tira o roupão.
Cristalizo a voz rouca do poema
como alguém que fechou
o botão do vestido
e desnudou-se frente ao espelho.
Algumas vezes a poesia
tentou fechar o zíper
e conteve-se na fenda das coxas.
Mas minhas mãos rasgaram
cada letra como quem descostura
o tecido traçado a longos cortes.
Entro em meu poema
como quem perdeu as dobras,
os alinhavos e saiu nua...
Visto o orgasmo de metáforas
para adornar o verso amante
que todo seco por mim ansiava
com vinhos, incenso e flores
na cama do desejo lírico.
Saio de meu verso
como quem tira o roupão.
Cristalizo a voz rouca do poema
como alguém que fechou
o botão do vestido
e desnudou-se frente ao espelho.
Algumas vezes a poesia
tentou fechar o zíper
e conteve-se na fenda das coxas.
Mas minhas mãos rasgaram
cada letra como quem descostura
o tecido traçado a longos cortes.
Entro em meu poema
como quem perdeu as dobras,
os alinhavos e saiu nua...
Visto o orgasmo de metáforas
para adornar o verso amante
que todo seco por mim ansiava
com vinhos, incenso e flores
na cama do desejo lírico.
Um comentário:
Veja algumas palavras sobre o poema "orgasmo", seu e-mail.
abraços
francisco miguel
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