(HBN)
Um poema brota à meia
noite
depois de uma voz
silenciosa e nua
que em mim soa valsa,
épica e cantares.
Noutras vidas era a
mesma poesia
desnudando-se nesta doçura
limítrofe
para dizer-me sonetos desmedidos.
Outrora com a dança de
tua alma,
minh’ alma lavou-se no
lirismo teu...
Enciumada, guardei tua visitação.
Banhei meu corpo em tua
luz
Desci do instante de flâmula
E meu coração voou dez
metros.
Nesta tua aura por
Camões e canções
escrevi na folha luminosa
de teu sorriso
todos os versos mordidos
pela ternura.
Depois de tua partida, arcanjo
redentor,
meu coração saiu por mares tresloucado...
E a ausência tua abraçou-me
na eternidade.
2 comentários:
Que tercetos de lirismo encantatório, Rosidelma. Você, além dessa dedicada pesquisadora, é mesmo muito boa poeta (mesmo que, por esse poema, devesse ser chamada, ao estilo clássico, de poetisa!). Seus versos têm métrica e ritmo próprios, um sabor de um "dolce stil nuovo" camoniano filtrado em sua escritura. Meus cumprimentos pela poesia madura que nos serve à rede.
Obrigada poeta Luiz Oliveira.
Escrevi o poema num gole só, sem trabalhar o verso como se espera de um bom poeta.Escrevi só por inspiração e amor.Eu queria o poema melhor porque era para um ser maior e de alma esplêndida e maravilhosa. Quero escrever uma matéria sobre o poeta do pseudônimo para quem eu dediquei este poema, mas estou na correria para escrever a tese. Também estou devendo uma leitura/escrita de teus versos. Um dia conseguirei.Abraço virtual!
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