Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

domingo, 4 de abril de 2010

INSANIDADE

De repente o vento frio aquece
o selvagem ígneo de meu delírio
na noite sombria e nebulosa.

Pranteio
Cambaleio
Caio
e depois ergo-me das cinzas das horas tardias.

Rasgo os cabelos e sangro a alma
E todos olham a minha loucura,
meu estado de abandono e êxtase
Não há mais êxtase do que estar sozinha.

Sinto-o aqui em cada minuto eterno
Como se a falta de teu ar em mim
somasse à presença aqui neste instante...
como se a minha vida fosse o perene infinito.

4 comentários:

Marli disse...

Olá, Rosidelma, td bem?

Estou passando para tentar contato, pois nos falamos na domingo, em Anápoilis. Sou Marli,estou em doutoramento na UnB e esta semana saiu a informação de que o TEL está conseguindo atender a todos os alunos do programa que solicitaram bolsas.

Aguardo teu e.mail para falarmos, inclusive, sobre poesia!

marli.walker@yahoo.com.br
abç

Anônimo disse...

Sabe Rosidelma, sou mano do Binho,um pequeno letrista e um poeta por vocação, queria ser critico para analisar esta insanidade, mas quase não existe criticos de poesias no Brasil, e nos pequenos poetas insanos, perdidos nas tardes loucas e insanas, mordidos pela mosca azul,que bebemos no crânio de Byron,as loucas e devastadas tempestades. Nos que bebemos poesia, para viver e morrer cada dia acabamos por comentar(critcar) os versos de outros poetas. Falo da tua insanidade porque me deixou atordoado. E olha, que eu agora vivo de poesia e luar, quando não estou lendo poesia, estou bebendo poemas. Um dia a Florbela levou minha alma e eu nunca mais me encontrei. Você me deixou insano. Tua poesia parece que vem da querela romantica espinosista, uma dose subjetivista de Schelling com antíteses hegelianas, parece herdera da flor azul, amor dramático de Goethe, Alvares de Azevedo chegaria lá, rasgando os cabelos, vivendo os minutos da eternidade, poemas de oximoros e metáforas, metafisicas e abstrações assombrossas, que se expõe clarmente diante da eternidade, que se torna presente e sensual, poema telúrico que traz a luz de estrelas que já morreram, mas continuam irradiando luz para terra. Poeta que se expõe no verso e no blog da pós-modernidade. Revérbero e reverêncio a tua santa insanidade, continue rasgando as asas das andorinhas no verão da tua insanidade e vivendo cada minuto da tua eternidade.

Luiz Alfredo.

ROSIDELMA FRAGA disse...

Marli, obrigada pelo contato. Mandei-lhe um e-mail.
Abraços literários!

ROSIDELMA FRAGA disse...

Luiz Alfredo,
obrigada pela leitura e comentários valiosos em meu blog.
Abraços poéticos!