Se acaso o menino
tocar a campainha,
pedir pão e chiclete
feito cão sem pele.
Se acaso a mulher
abrir a porta
e não disser nada...
Ficarei muda e inerte
da janela de meu beco
como Branca de Neve no espelho.
Se acaso ouvir os miseráveis
arrastarem à minha fonte
de água e sabão,
saltarei de asas para o ar
tocar a campainha,
pedir pão e chiclete
feito cão sem pele.
Se acaso a mulher
abrir a porta
e não disser nada...
Ficarei muda e inerte
da janela de meu beco
como Branca de Neve no espelho.
Se acaso ouvir os miseráveis
arrastarem à minha fonte
de água e sabão,
saltarei de asas para o ar
e darei as costas para o
infinito.
Depois voltarei aqui na folha branca,
sentindo o olhar e o toque do menino.
Olharei da janela abstrata
a fome do mendigo qual cão sem palavras.
A minha alma sairá de mim aos prantos líricos
como alguém que perdeu a pessoa amada.
Depois voltarei aqui na folha branca,
sentindo o olhar e o toque do menino.
Olharei da janela abstrata
a fome do mendigo qual cão sem palavras.
A minha alma sairá de mim aos prantos líricos
como alguém que perdeu a pessoa amada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário