Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DETRITOS

 

Eu queria neste instante poético
abrigar os cacos de mim e afagar
o abandono debaixo da ponte
qual retalho alinhavado.


Eu queria aparecer inerte
dos trapos das minhas dores.
Eu quisera afagar o menino no pôr-do-sol,
abrir as asas da andorinha recalcada
e nos detritos me encontrar.

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