Arrasto e suplico
o estancar da ferida poética.
Súplica, vazio e efusiva completude
Contemplação e silêncio.
Pressinto-me sagrando, sangrando...
Eis que uma vaidade nua embriaga
a minha sede sagrada de gozos eternos.
Sempre quis a palavra sem pele
como se nela eu me entregasse sangrando.
A palavra que esmaguei outrora
insiste em ressuscitar.
Amasso-a sem me dar conta
do sangue que se escorre em nossas veias.
Arrombo a porta aberta da minha alma seca
Ajunto os cacos amalgamados do avesso esquerdo.
Rio, porque a denominava morta...
Libertei-me neste minuto.
Ponho-me em decúbito
Soluço de medo feito rato na luz.
A palavra
o estancar da ferida poética.
Súplica, vazio e efusiva completude
Contemplação e silêncio.
Pressinto-me sagrando, sangrando...
Eis que uma vaidade nua embriaga
a minha sede sagrada de gozos eternos.
Sempre quis a palavra sem pele
como se nela eu me entregasse sangrando.
A palavra que esmaguei outrora
insiste em ressuscitar.
Amasso-a sem me dar conta
do sangue que se escorre em nossas veias.
Arrombo a porta aberta da minha alma seca
Ajunto os cacos amalgamados do avesso esquerdo.
Rio, porque a denominava morta...
Libertei-me neste minuto.
Ponho-me em decúbito
Soluço de medo feito rato na luz.
A palavra
vai
vem
e volta...
Caída como se arrastada pelos vales
ela implora...
A sílaba chora e bate à minha porta, sangrando...
Eu viro as costas como quem nunca a tocou
Esta é a ingratidão de meu ego.
A palavra, enfim, sussurra em meus ouvidos.
Tento resistir ao contato e piso-a e jogo-a no lixo.
Sangro de paixão e lirismo quando ela quer partir
Arrependo-me e ajoelho a teus pés.
Eis a minha confissão, leitor:
agarro-a com loucura e lirismo
banho cada palavra de espumas
faço todas trocar os acessórios sensuais,
depois me visto diante delas na escuridão,
deixo-a nua e completamente sedenta de mim.
Mas o meu olhar tímido se esconde.
Vou à procura de cada instante eterno
Aguardo os versos que eu ainda irei escrever
no além-túmulo e noutras vidas,
onde a palavra amor estará no útero.
As outras palavras se mordem no elevador
sem nada dizer, sangrando, antes de ser poesia
até que minhas confissões se refaçam por acabadas.
Caída como se arrastada pelos vales
ela implora...
A sílaba chora e bate à minha porta, sangrando...
Eu viro as costas como quem nunca a tocou
Esta é a ingratidão de meu ego.
A palavra, enfim, sussurra em meus ouvidos.
Tento resistir ao contato e piso-a e jogo-a no lixo.
Sangro de paixão e lirismo quando ela quer partir
Arrependo-me e ajoelho a teus pés.
Eis a minha confissão, leitor:
agarro-a com loucura e lirismo
banho cada palavra de espumas
faço todas trocar os acessórios sensuais,
depois me visto diante delas na escuridão,
deixo-a nua e completamente sedenta de mim.
Mas o meu olhar tímido se esconde.
Vou à procura de cada instante eterno
Aguardo os versos que eu ainda irei escrever
no além-túmulo e noutras vidas,
onde a palavra amor estará no útero.
As outras palavras se mordem no elevador
sem nada dizer, sangrando, antes de ser poesia
até que minhas confissões se refaçam por acabadas.
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