Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

domingo, 13 de novembro de 2011

O SENTIDO DO ADEUS

Por trás de cada verso mudo,
quero visitar a pele suada da poesia,
o olhar sem plumas do mendigo,
a última utopia em flor,
o vago escuro da solidão
e a nudez do silêncio em mim.

Por trás da visitação,
quero abraçar
o chão,
o riso,
a nostalgia
e o minuto eterno da palavra LEMBRANÇA.

Por trás da linha do fim,
quero dar adeus à vermelha poesia...
E a minha ausência fará sentido.







3 comentários:

CHIICO MIGUEL disse...

Sem ter o que fazer, nem mesmo a menor poesia, sem ter coragem nem vontade de ler, visitei teu blog e li dois poemas, achei de ótima qualidade. Não sei como você tem tempo e jeito de estudar ao mesmo tempo em que faz poemas. Não sei se é porque faz muito tempo que dei aulas e não me dei bem. Naquele tempo tinha giz,eu fumava e a garganta virava um inferno.Minha voz é boa, não pra cantar que não canto nada. Às vezes conto como estou te contando aqui. Amanhã quando acordar receba
minhas saudações de boa noite e bom dia.
Com poesia e amor
chico miguel

Isaac Ramos disse...

Belíssimo poema, Rosidelma! O silêncio poético é metalinguístico. Abraços

Anônimo disse...

Queria essas mãos poéticas em mim!