(Aos músicos e organistas da Congregação Cristã no Brasil)
Dos passos mudos na calçada noturna
e do violoncelo tocado daqui do firmamento,
dedilho o minuto comunicante do vazio.
Deste espaço instaurado entre a ausência,
a canção grave e o toque do sapato do mendigo,
rabisco a poesia na folha trazida pelo vento,
lá do lugar que os homens se mordem de incompletude.
Com meu olhar detalhista,
e do violoncelo tocado daqui do firmamento,
dedilho o minuto comunicante do vazio.
Deste espaço instaurado entre a ausência,
a canção grave e o toque do sapato do mendigo,
rabisco a poesia na folha trazida pelo vento,
lá do lugar que os homens se mordem de incompletude.
Com meu olhar detalhista,
pinto a agonia nostálgica da mulher na
estação,
aquela que se perdeu a espera dos amores
aquela que se perdeu a espera dos amores
e apodreceu na escuridão.
Concluo minha música lírica na ultravida das galáxias:
“O Senhor é meu pastor nada me faltará"
E eis que o meu cálice de palavras veio a transbordar.
Concluo minha música lírica na ultravida das galáxias:
“O Senhor é meu pastor nada me faltará"
E eis que o meu cálice de palavras veio a transbordar.
3 comentários:
Esse quadro, sinceramente, eu não sei como falar, a não ser as não palavras para admirar tão grande poesia! Singular e também plural, muito bom!
Eis um poema de muita inspiração, há outros no seu blog, mas fisguei neste.
Penso que sód duas coisinhas faltam a você nesse poemas: ter um cuidado maior com as rimas e usas palavra mais
curtas. As rimas às vezes enfeitam, outras enfeiam; as palavras longas matam o ritmo, nem sempre são poéticas.
Estas as dificuldades para um poeta que amar a forma e tem o que dizem, em lingua portuguesa.
Dou-te meus parabéns por tua poesia. Se tiver um tempinho, visite meus blogs:
http://franciscomigueldemoura.blogspot.com
http://cirandinhapiaui.blogspot.com
http://abodegadocamlo.blogspot.com
Obrigado, amiga
abraços
francisco miguel de moura
Francisco Miguel Moura,
grata por ler e comentar. É uma honra receber visita de leitura de um escritor e leitor como você. Aguardarei o teu livro Menino quase perdido para eu ler.
Quanto às rimas em meus poemas,sinceramente nunca planejei. Sobre os versos longos inspirei no Bandeira e as palavras que nem sempre são poéticas culpo a minha má leitura de João Cabral (risos). Foi boa a dica de um grande nome, sincera e me fará refleir sobre a condição de ser poeta.Até me veio na mente um comentário do Merquior sobre os versos e prosaismo do Geir Campos (que na visão do crítico passa longe de ser poeta). Eu, nesses termos, nem chegaria a ser. Mas o que é a poesia? O que é ser poeta? A gente responde isso todo dia para os nossos espíritos!
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