Sangrando as mãos abrem-se
ao som da cítara,
com longas notas da ninfa
enlaçada pelo véu da serpente.
Das profundezas do Hades
meu canto em nebulosas vozes
vem soar para o firmamento.
Orfeu dorme, Senhor Deus
Orfeu nem olha para trás
ao som da cítara,
com longas notas da ninfa
enlaçada pelo véu da serpente.
Das profundezas do Hades
meu canto em nebulosas vozes
vem soar para o firmamento.
Orfeu dorme, Senhor Deus
Orfeu nem olha para trás
Como fez a mulher de Ló.
Nem mesmo Virgílio
no meio dos versos proféticos
levar-me-ia às algemas emergentes...
Aristeu já está morto
Resta-me soltar as correntes e as dobras da morte
que encadeiam Orfeu...
Mas Orfeu eterniza-se no tempo de minhas memórias.
O passado é o tempo ininterrupto
É um minuto imensurável de eterna espera.
Como Eurídice, celebro a canção nupcial
submersa pela imortalidade de Orfeu em mim.
Nem mesmo Virgílio
no meio dos versos proféticos
levar-me-ia às algemas emergentes...
Aristeu já está morto
Resta-me soltar as correntes e as dobras da morte
que encadeiam Orfeu...
Mas Orfeu eterniza-se no tempo de minhas memórias.
O passado é o tempo ininterrupto
É um minuto imensurável de eterna espera.
Como Eurídice, celebro a canção nupcial
submersa pela imortalidade de Orfeu em mim.
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