Entre o beco da alma
e o beco da esquina,
Madalena caminha pela rua,
Madalena caminha pela rua,
como a coisa real por fora
da fachada do bar.
da fachada do bar.
Entre o espírito de Madalena
e as águas que moveram
Deus,
meu ser rasteja pelo infinito
meu ser rasteja pelo infinito
sem desvendar o mistério
de minhas proezas,
ou dos cacos de mim espalhados
de minhas proezas,
ou dos cacos de mim espalhados
pelo sangue da cigana do
véu.
Sei que meu ser não se abre para as reentrâncias
dos caminhos de Madalena apedrejada.
Cumpre-se a sina do beco e da alma
Pois entre mim, as pedras e o beco,
Sei que meu ser não se abre para as reentrâncias
dos caminhos de Madalena apedrejada.
Cumpre-se a sina do beco e da alma
Pois entre mim, as pedras e o beco,
a distância do universo me
infinitam.
Sou o espelho das prostitutas órfãs
que os anjos despiram no Éden.
Sou o desejo do esmago
e das crateras infindas de Jesus e Eros
na alcova da mendiga passante.
Entre o beco da esquina
e os pedaços de meu
espírito,
a transfiguração da cigana e de Madalena sorri
para meu corpo definhado no retrato do passado.
a transfiguração da cigana e de Madalena sorri
para meu corpo definhado no retrato do passado.
Um comentário:
Lindo, Delminha... Decididamente, estou ficando teu fã!
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