Se acaso eu morrer amanhã
Não escreva em meu túmulo
palavras que nunca escreveria.
Adeus é palavra excluída.
Quero estar presente.
Quero a vida presente
Sem pressa de futuro.
Não me venha com mafuás
com flores e novenas!
Quero sempre a poesia com algemas.
Não cante nem invoque as estrelas
Nunca fui amiga de Bilac.
Não toque a valsa fúnebre
prefiro uma valsa de Beethoven
nas lonas azuis do firmamento.
Não digam que sou imaculada
se tantas vezes me apedrejaram.
Não cante a minha poesia
se ela sempre foi a rejeição.
Mas digam a todos em todos os bares
em todas as ruas e em todos os jornais,
que a poesia se cravou em meu túmulo:
Não escreva em meu túmulo
palavras que nunca escreveria.
Adeus é palavra excluída.
Quero estar presente.
Quero a vida presente
Sem pressa de futuro.
Não me venha com mafuás
com flores e novenas!
Quero sempre a poesia com algemas.
Não cante nem invoque as estrelas
Nunca fui amiga de Bilac.
Não toque a valsa fúnebre
prefiro uma valsa de Beethoven
nas lonas azuis do firmamento.
Não digam que sou imaculada
se tantas vezes me apedrejaram.
Não cante a minha poesia
se ela sempre foi a rejeição.
Mas digam a todos em todos os bares
em todas as ruas e em todos os jornais,
que a poesia se cravou em meu túmulo:
AQUI JAZ A POESIA, IPSIS LITTERIS.
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