O universo é tão grande que não contempla
os sentimentos das minhas mãos manchadas .
Minha alma é menor que esse universo sagrado.
Meu amor é menor que o coração seco do oásis.
Eu sou menor que a minha solidão de existência.
Fico caída entre a solidão e o mundo.
Minha alma deságua entre o deserto e a água
O deserto corrói meu coração pequeno
O mundo e o deserto são menores que a minha solidão.
Meu isolamento é o retrato de minhas mãos velozes.
A velocidade reina em cada letra que nasce de mim.
O verbo desabrocha no meu coração inexorável
Meu coração é menor que tudo, menor que o Verbo.
Nele cabem apenas os fragmentos de meu ser em bolhas
Os fragmentos de mim é o mundo resumido em pedaços.
O mundo é imenso e não cabe aqui neste poema.
(Rosidelma Fraga.).
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