Rasguei a colcha dos retalhos
de minhas dores depositadas em cada verso torto.
Violentei as algemas da palavra amor
A palavra amor fere a imortalidade do tempo.
Por vezes, ela sangra as veias secas em cada minuto de súplica.
Aceitei a batalha de troianos e gregos
Qual Eros e Vênus com lenços de lixo vermelho.
Sangrei o negro corpo epifânico das Musas palavras.
Tirei meus pés caligráficos do charco de lixo
para senti-la poderosa e nua de mim.
Transvesti-me da ganância erótica da poesia
E encontrei-me no paganismo e cristianismo
Porque despi o divino e sacralizei a poesia.
ROSIDELMA FRAGA.
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