(Ao admirável Guimarães Rosa)
Nas águas do tempo ininterrupto
revelo-me e desvelo
a nudez dos flancos da tarde.
À margem do mundo feito fosca luz
seguro a outra dimensão da margem
do rio que corre no voo da alma.
O rio explode nas veias comunicantes
entre mim, o finito e o infinito.
Enfim, dispo-me
dessas águas do tempo,
penetro na ponta dos pés das palavras...
Ouço do silêncio das outras águas
que o amor é o rio que transcende
a terceira margem para além do Universo.
revelo-me e desvelo
a nudez dos flancos da tarde.
À margem do mundo feito fosca luz
seguro a outra dimensão da margem
do rio que corre no voo da alma.
O rio explode nas veias comunicantes
entre mim, o finito e o infinito.
Enfim, dispo-me
dessas águas do tempo,
penetro na ponta dos pés das palavras...
Ouço do silêncio das outras águas
que o amor é o rio que transcende
a terceira margem para além do Universo.