Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

LA GIOCONDA

Celeste poesia
colhi entre as gotas
incomensuráveis
de teus olhos no balé
de pedras.

Bolhas de sabão é tua alma
maculada e sem véu.

Veredas solitárias
no calabouço
é a tua desilusão.

Límpido no áspero
do asfalto,
feito flor esfacelada
é o minuto eterno
da celeste poesia
que santifiquei no avesso de teu olhar:
aquele quadro comunicante
que outrora colhi e guardei
na ponta lírica
de meus versos em pedaços,
tal como La Gioconda desonrada,
mas eterna e terna poesia.

Um comentário:

CHIICO MIGUEL disse...

Gioconda desonrada, Gioconda de qualquer jeito é poesia. Gostei imenso de sua lírica, neste poema. Vale a pena ler e até decorar e declamar, digo isto a quem ainda poessui capacidade para tal.
Beleza, este teu poema, Rosidelma.
abraços
chico