Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

sábado, 27 de junho de 2009

Breve ensaio para a minha loucura

OU ENSAIO SOBRE A LOUCURA

Sábio sempre foi Ulisses_
louco se fez e se perdeu.
Assim hoje me vejo:
perdida
apedrejada
dormente
demente.

Exorcizo todo meu lirismo
E nada disso faz sentido
frente ao sentido da vida.
Há somente a presença do trágico
debruçado sobre meu riso
 de louca e disfarçada insensatez.

Eis novamente o vinho que comprei no bar da esquina
quando deparei com o sorriso de Cora Coralina
diante das mesmas pedras da vida, da cicatriz no rosto,
do abandono,
das rugas esmagadas do tempo.
O tempo é a minha plenitude diante da loucura
E a loucura é a minha gargalhada melancólica
como um disfarce lírico incomensurável...
Viver, eis a questão.

 

 

 

 

 

 

 

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