Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

domingo, 10 de junho de 2012

LAÇOS INQUEBRÁVEIS


Busco o capricho do estar em mim.
Por isso prantearei de ciúmes
se a ausência soltar os cabelos
e sair descalça sambando por aí.

Se ela esquecer o número da rua
ou andar nua a dançar e namorar.
Se ela ficar presa na porta do bar
e depois embriagar-se de sonhos.

Eis que temendo o inesperado do dia
Acorrento-a até sangrá-la em mim.
Sinto a certeza de que entre ela e eu,
há um laço virgem e inquebrável.

Afinal, entre a solidão e a falta,
sua colossal presença me soma.

 





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