Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O ERMO DOS SILÊNCIOS

As distâncias somam o ermo
de cada silêncio
entre o vago da alma e as fendas do ser.

Pelos vales secos
o cheiro áspero exala
aqui em íntegro sereno, na luz sagrada
do olhar mudo e umedecido,
até que nossas vozes silenciosas, enfim, se casassem.

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